MORADOR DENUNCIA QUE MATERIAIS CANCERÍGENOS ESTÃO SENDO USADOS EM RUAS DE GUARATUBA
Segundo o biólogo Mateus Rodrigues, o denunciante tem razão se os materiais forem mesmo os que ele mencionou, pois quem tiver contato com esse tipo de resíduo, seja de forma inalada, ou se beber algum líquido contaminado poderá desenvolver doenças malignas
No dia 15 de novembro um morador do bairro Guaratuba, que fica na região Norte de Bertioga, afirma que estariam usando vestígios de restos de metais siderúrgicos para tapar buracos ou mesmo deixar as ruas planas, onde reside. Conforme ele, isso também foi feito no bairro Caruara, que fica na área continental de Santos, em meados de 2002. Porém, após denúncia, a prefeitura de Santos usou massa asfáltica nas localizações onde havia os resíduos para amenizar a situação. O denunciante pesquisou e ficou sabendo que esse tipo de material é altamente cancerígeno e, é levantado pelo vento, ou quando os carros passam podendo ser inalado pelas pessoas que podem adoecer por esse motivo.
“Essa escória recebe o nome de Escória Bruta de Alto-Forno, podendo ser britada ou utilizada como material inerte em diversas aplicações, substituindo materiais de pedra. A escória líquida é transportada para os granuladores nos quais é resfriada bruscamente por meio de jatos de água sob alta pressão”, diz. Em Campinas, cidade do interior paulista, esse material chegou a ser usado, mas o uso foi interrompido para amenizar os danos ao meio ambiente. No caso de Guaratuba, os moradores questionam o uso deste material e gostariam que as ruas fossem bloquetadas assim como na Riviera de São Lourenço.
Segundo o biólogo Mateus Rodrigues, o denunciante tem razão, pois quem tiver contato com esse tipo de material, seja de forma inalada, ou se beber algum líquido contaminado poderá desenvolver doenças malignas. Conforme ele, esse material realmente pode comprometer também o lençol-freático e a vida de todos os seres vivos que vivem na determinada localização onde os resíduos foram usados. O biológico destaca que esses casos devem ser denunciados ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais – IBAMA ou nas secretárias de Meio Ambiente das cidades em que casos como este referido, de suposta degradação ao meio ambiente e de perigo à vida humana, acontecem.
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Artigos relacionados ao assunto mostram que a indústria siderúrgica está faturando muito vendendo restos de vestígios de metal para utilização em diversas ações por parte das empresas. Muitas destas produtoras trabalham de forma responsável, assim como consta nas escritas, entretanto é notório que esse material está sendo vendido também para quem está sendo irresponsável com a saúde de seres humanos animais e vegetais, pois usa esse material de forma que vai para o lençol-freático ou quando sobe na poeira, colaborando com a degradação ambiental de forma geral.