Omissão do Hospital Bertioga faz família salvar a vida de jovem hospitalizado por outros meios, diz mãe indignada

Nas palavras de uma funcionária da unidade de Saúde bertioguense, a liberação de um documento necessário para transferir um paciente de um hospital para outro com mais recursos, foi realçada como um crime maior do que o da possível morte do jovem, por omissão da administração pública

Mais um problema envolvendo uma possível omissão de supostos irresponsáveis do Hospital Bertioga vem à tona em reportagens na internet e postagens nas redes sociais. É o caso de Kaiky Ferreira Silva, 22 anos, que estava precisando urgente de uma vaga de UTI Nefrologista, o que está veementemente longe de existir nesta referida unidade de Saúde pública bertioguense, que não oferece nenhuma condição para tratá-lo devido a problemas renais. Kaiky precisava urgentemente fazer hemodiálise, pois a qualquer momento seus rins poderiam parar de funcionar. A família do rapaz estava desesperada, mas tudo começou a mudar em favor dele.

A mãe do jovem, Flávia Ferreira Santos Brito movimentou as redes sociais e as mídias da região pedindo ajuda e passando todas as necessárias informações sobre a situação do filho, sendo que através de uma postagem do jornalista Valmir Barros, na página de Facebook Aconteceu em Bertioga, conseguiu levar o caso ao conhecimento de vereadores inclusive de municípios vizinhos que, se prontificaram a dar ajuda e, até mesmo da primeira-dama Vanessa Matheus que recebeu uma mensagem de Flávia pedindo ajuda, inbox no Mensseger do Facebook, porém ela visualizou e nem respondeu.

“A primeira dama chegou a interagir com outras pessoas na postagem sobre o assunto. Ou seja, ela sabia da situação, mas não me respondeu se poderia nos ajudar”, conta a mãe de Kaiky em uma conversa com a equipe do Extra. Flávia ressalta que o advogado da família entrou com uma liminar para transferir o filho para um hospital com mais recursos. Ele tentou, mas não conseguiu a liberação de Kaiky porque o hospital estava segurando um documento.

“Uma funcionária do hospital de Bertioga disse que não poderia liberar o relatório médico do Kaiky para a liberação dele porque estaria cometendo um crime”, diz ela, sem fazer menção sobre o tipo de infração que a servidora estaria se referindo, todavia falando sobre um assunto contraditório quanto aos princípios morais e éticos, quando a liberação de um documento nas palavras da funcionária, foi realçada como um crime maior do que o da possível morte do jovem, por omissão da administração pública.

Enquanto isso, o advogado da família pressionava afirmando processar a municipalidade e, nas redes sociais, o caso se expandia chegando ao conhecimento até de políticos de cidades vizinhas de Bertioga, assim como já mencionado. Eles ofereceram ajuda, afirmaram a Flávia que enviaram as documentações relacionadas à transferência de Kaiky para gente ligada à hospitais competentes no assunto. Outras pessoas da cidade também ofereceram ajuda, pois destacaram conhecer quem poderia ajudar na ocasião, mas, segundo a mãe do jovem, até o momento, ela não sabe quem na realidade conseguiu que seu filho fosse transferido para o Hospital Guilherme Álvaro, onde está sendo bem cuidado. Entretanto ela comenta que, quem deu a notícia por telefone, de que Kaiky seria internado no referido hospital com mais recursos, foi o vereador Ney Lyra.

O certo é que se o jovem viesse a falecer assim que fosse deslocado, não seria nenhuma novidade. Isso porque muitos foram os casos já relatados na mídia sobre pacientes que morreram assim que foram transferidos do Hospital Bertioga para outros hospitais, como se esta unidade de Saúde propositalmente só os liberassem para não morrer em seu recinto, onde quase nenhum equipamento existe, para solucionar casos de pessoas em estado mais agravado quando o assunto é um problema de saúde, não passando de um “pronto socorro” com espaço amplo para “inglês ver”.