ENGENHEIRA EXPLICA CURIOSIDADES ALUSIVAS AO CONCRETO E A CONCRETAGEM
Ela esclarece o que é o tão perguntado FCK
A engenheira civil Juliana Piccoli explica para os que tem dúvidas quando a pergunta é: o que é FCK 50, ou apenas o que é FCK? E como ela diz, é apenas um procedimento feito no bom e velho concreto usado nas obras. “Seria a resistência característica do concreto à compressão, um conceito imprescindível feito para calcular com exatidão a medida de material com relação à estrutura que será utilizada em cada caso. Para cada projeto, uma medida é calculada, afinal, a estrutura de cada concretagem necessita de diferentes proporções devido às necessidades da obra. Um exemplo é, o concreto utilizado em um pilar, por exemplo, é diferente daquele utilizado em um pavimento. E concreto é isso: areia água brita e cimento, tudo na medida certa para cada ocasião”, explica a engenheira que ainda enfatiza como é realizado o FCK.
“Vamos dizer assim. Um pouco de concreto é retirado da betoneira, o que pode ser a do caminhão. Desse material é realizado um corpo de prova, quando colocado numa pequena forma cilíndrica. Ai o concreto vai ficar lá quietinho no lugar dele e, após 28 dias irá para uma prensa, onde será testado, para saber se realmente estaria apto ao uso, dentro das necessidades da obra. A prensa vai comprimi-lo numa força calculada, e após o concreto ser rompido, aí sim teremos a certeza da resistência dele. Ou seja, do peso que ele pode suportar na obra”, esclarece Juliana.
Conforme a engenheira, existem empresas especializadas, que normalmente são contratadas para a realização dos testes de concreto. Após explicar sobre o FCK, ela ainda fala sobre as curiosidades com relação às concretagens nas obras. “Tem casos em que o caminhão betoneira chega na área em construção e os operários ajudam na retiragem do concreto com carrinhos de mão, giricas, entre outras formas. Mas, em muitos casos, quando o local a ser concretado é distante de onde o caminhão consegue chegar, é necessário outros recursos, como uma bomba que serve para impulsionar o concreto para mais longe. Muitas vezes essa bomba está acoplada também em um caminhão”, ressalta ela.
Dando mais detalhes ainda, a engenheira Juliana fala sobre a necessidade de usar mangotes para que o concreto seja despejado numa distância ainda maior do que os recursos do caminhão bomba podem alcançar. Segundo ela, os operários engatam o mangote numa espécie de haste do caminhão bomba, e por dentro deste mangote o concreto bombeado chega ao seu destino em distâncias longas das obras. “Tudo isso acaba ajudando na agilidade do trabalho. É a tecnologia em nosso favor na construção civil “, encerra a engenheira.