HEROÍNAS FARDADAS: SOLENIDADE CELEBRA 70 ANOS DO POLICIAMENTO FEMININO E OS 36 ANOS DO 35º BPM/I COM EMOÇÃO E HOMENAGENS

Por Verônica Mingorance

Em uma manhã marcada por emoção, reconhecimento e orgulho, o auditório do COPOM, em Campinas, foi palco de uma solenidade histórica no dia 15 de maio de 2025. O evento celebrou o aniversário de 36 anos do 35º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) e os 70 anos do Policiamento Feminino no Estado de São Paulo — uma trajetória que começou com coragem e que hoje inspira gerações.

A cerimônia de valorização da Polícia Militar foi conduzida pelo Tenente Coronel PM Jefferson Aurélio Cansian, atual comandante do 35º BPM/I. A ocasião reuniu autoridades civis e militares, membros da sociedade civil e familiares dos homenageados, todos reunidos para reconhecer a dedicação de homens e mulheres que, dia após dia, arriscam a vida para proteger a sociedade.

A FORÇA DE 13 MULHERES E O LEGADO DE UMA HISTÓRIA DE CORAGEM

Setenta anos atrás, no dia 12 de maio de 1955, 13 mulheres ousaram romper paradigmas. Elas foram as pioneiras da Polícia Militar Feminina de São Paulo, iniciando um curso intensivo que marcaria para sempre a presença das mulheres na segurança pública brasileira. Conhecidas como “as 13 mais corajosas”, abriram caminho para milhares de policiais femininas que hoje atuam em diversas frentes: policiamento ostensivo, trânsito, inteligência, ensino, ambiental, rodoviário e ações sociais.

Nas décadas seguintes, as conquistas se multiplicaram. Das primeiras agentes de trânsito nos anos 60 às patrulhas nas ruas nos anos 90, as policiais militares femininas provaram, com competência e coragem, que não existem limites para o papel da mulher na segurança pública. Hoje, a unificação dos quadros masculino e feminino garante igualdade de condições para acesso a todos os cargos e funções da corporação.

UMA HOMENAGEM QUE EMOCIONOU

Durante a solenidade, 58 policiais femininas foram homenageadas por sua atuação exemplar. Um dos momentos mais marcantes foi o reconhecimento público da contribuição do Conselho Comunitário de Polícia (CCP), representado por sua presidente, a advogada Dra. Michelli Rezende Lallo. Conhecida por sua atuação firme e inspiradora, Michelli declarou:

“O Conselho mais uma vez contribuiu significativamente com a Polícia Militar. O Capitão Bueno providenciou tudo e nós, do Conselho, organizamos. Além disso, presenteamos com mimos as 58 mulheres que compõem o Batalhão, como forma de agradecer e valorizar cada uma delas.”

Ao lado de seu esposo, Arthur Vasconcellos Rezende, presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública de Campinas, Michelli reforça a importância da união entre a sociedade civil e as forças de segurança. Ambos são nomes de destaque no cenário jurídico e institucional da cidade, frequentemente envolvidos em grandes eventos de mobilização cívica e empresarial.

UMA NOVA GERAÇÃO DE HERÓIS E HEROÍNAS

O 35º BPM/I, ao completar 36 anos, também celebrou sua trajetória como referência de excelência operacional e proximidade com a comunidade. O Tenente Coronel Cansian destacou em seu discurso que o futuro da segurança pública se constrói com reconhecimento, capacitação e união:

“Valorizar nossos policiais é fundamental. E celebrar os 70 anos do policiamento feminino é reconhecer o quanto elas contribuíram — e ainda contribuem — para uma polícia mais humana, eficiente e próxima da sociedade.”

A solenidade não foi apenas um evento protocolar: foi uma celebração viva da história, das lutas e das conquistas que moldam a Polícia Militar do Estado de São Paulo. Um lembrete de que, por trás da farda, existem histórias de coragem, sacrifício e amor ao próximo — contadas tanto por homens quanto por mulheres que escolheram servir e proteger.

E para cada mulher que um dia ousou sonhar com uma farda e uma missão, essa cerimônia reafirma: vocês são inspiração, são força e são indispensáveis.