PACIENTE COM CÂNCER RARO VIVE O DRAMA DA FALTA DE VAGAS EM HOSPITAL ESPECIALIZADO

Bertioga Baixada Santista

Renildo sofre devido a um câncer ósseo que lhe causa muitas dores capazes de não serem cessadas nem mesmo com morfina

Uma família e um drama ocasionado pela demora no atendimento de serviços de saúde. No caso, Renildo dos Santos Brito, 34 anos de idade, já havia sido internado no Hospital Bertioga, onde ficou aguardando uma transferência para realizar um exame de biópsia, que chegou a acontecer no Hospital Santa Casa de Santos. Ele foi diagnosticado através de exames de ressonância, com um câncer raro no sacro, um osso de formato triangular que fica na base da coluna, próximo às nádegas. A esposa de Renildo, Flávia Ferreira dos Santos comenta que, mesmo antes da confirmação, um médico no Hospital Bertioga chegou a desconfiar de que o marido dela estaria com este tipo de câncer ósseo.

Ela ressalta que foi informada de que o único hospital com recursos para tratar seu marido é o Hospital de Câncer de Barretos. Ainda conforme Flávia, na Santa Casa de Santos, o máximo que pode ser feito em prol de Renildo é um tratamento de quimioterapia após o resultado da biópsia que ainda não está pronto. Entretanto, a enfermidade pela qual o marido está passando, exige um tratamento especial.

“A direção do Hospital Bertioga mandou toda a documentação relacionada ao caso do Renildo para a Assistência Social de Barretos, que informou que a vaga costuma aparecer em cinco dias. Mas, desde 24 de dezembro estamos esperando, sem sucesso. A direção do hospital de Bertioga e outras pessoas com alguma influência na cidade ligam para Barretos para saber da vaga, porém, as respostas não passam de desculpas. O Renildo está pior a cada dia, acamado, não consegue ficar em pé, não senta. Ele pode perder o movimento das pernas. Ele passou por dois exames de ressonância e o médico apontou a situação dele como gravíssima”, explica Flávia, destacando contar com a ajuda da direção do Hospital Bertioga e de amigos que estão colaborando com as despesas para levar Renildo ao tratamento em Barretos.

Renildo chegou a ir para casa, mas como está sentindo fortes dores, teve que voltar ao Hospital Bertioga, onde está no momento. “Já deram morfina para ele, Tramal, mas ele ainda sente muitas dores e está com dificuldades para urinar. Estou desesperada por me sentir impotente de não poder fazer nada”, enfatiza Flávia que está angustiada e muito ansiosa para assegurar a chance de melhora do marido, porém, para isso, só falta a tão suplicada vaga no Hospital de Câncer de Barretos.