BERTIOGA PRECISA DE MUITO MAIS DO QUE OBRAS E POLÍTICOS DO RAMO
Por Willian Santos
Já percebeu que a maioria dos candidatos e mesmo quem já exerceu cargo político, principalmente no executivo em Bertioga, é do ramo da construção civil e/ou imobiliário? Prefeitos como, Orlandini, Rachid, Caio Matheus, por exemplo. Mas será que isso é tão bom assim para o município? Será que esses candidatos com a cabeça “empedrada de massa cinzenta mais ligada ao concreto” é o melhor para a cidade? Bertioga que tinha características bem caiçaras, com seus comércios de frente à práia com telhados de sapê, que trazia um público que buscava esses ares, atualmente está bem metida a ser uma pequena metrópole com prédios de frente para o mar.
Antigamente o turismo era o de veranistas, proprietários de imóveis que estavam em quase todos os finais de semana no á época, distrito de Santos. Eram os mesmos de sempre, com as mesmas características de apreciarem o que todo aquele movimento caiçara, da pesca artesanal, das comidas típicas e festas podia oferecer. Atualmente, o que há é o turista genérico que aparece, até gosta da urbe bertioguense, porém, sai daqui sem saber qual é a identidade da cidade: se é realmente turística, se é pequena metrópole metida “à besta”, cidade do pastel ou outra coisa qualquer?
Os candidatos à cadeira mais cobiçada do executivo municipal que estão fortes na disputa são do ramo imobiliário, coligado à construção civil. Em nenhum momento demonstraram estar livre da comodidade do “gesso mental” e/ou do concreto envolvidos nas referidas áreas. Pensam como a maioria que despreza outros potenciais que podem ser explorados em Bertioga, por exemplo, turismo e as belezas naturais que não são apresentadas ao mundo, com o uso da tecnologia atual.
Por isso, nada disso decola como deveria e, a falta de empenho nessas atividades faz com que muito ao redor de tudo isso, também não cresça ou simplesmente não exista: universidades públicas e particulares oferecedoras de cursos ligados ao meio ambiente e afins; bares e outros comércios aos arredores destas unidades de ensino; locações para repúblicas de estudantes e muita gente inteligente e criativa, cheia de boas ideias para fazer o município crescer ordenadamente dentro de um ideal que pode não ser esse, apresentado acima, entretanto, que seja um outro que beneficie a todos, não apenas um pequeno grupo.
O pensamento “concreto” em asfalto e construções de prédios e condomínios só beneficia a esse mesmo grupo de políticos que fica se revezando no poder, procurando maneiras de mudar leis ambientais sempre em benefício das atividades econômicas de que faz parte, outras, não! Bertioga precisa muito das obras, mas necessita de muito além disso. Contudo, não precisa desses políticos aproveitadores, cascateiros e egoístas. E que assim seja: que venha gente inteligente para essa pobre e pequena urbe; sejam bem vindas as boas e novas ideias que podem futuramente derrubar esse “grupo cancerígeno”, essa doença que não permite que Bertioga e sua população cresça de forma intelectual e economicamente e, que venha a tal da dignídade rumo a todos.
Foto: divulgação