Morador de rua de Praia Grande, que foi atropelado, diz que só quer uma oportunidade de emprego

Nascimento enfatiza que sabe ler e escrever, e que tem noções de matemática. Ele tem o Primeiro Grau incompleto, mas se considera um autodidata em muitas questões. Ele destaca que lê e escreve muito bem e que não precisa de ajuda para se locomover

Um morador de rua que se chama André Nascimento, de 40 anos, reside pelas vias de Praia Grande, Baixada Santista desde quando seu comércio em São Bernardo do Campo (SP) faliu. Em julho de 2020, ele foi atropelado e ficou quase um ano internado. Em junho de 2021, André retornou às ruas com a locomoção reduzida devido a sequelas do acidente, e desde então busca por um emprego.

Ele afirma que tem condições para trabalhar, mas faltam oportunidades. Ele foi entrevistado pelo portal de notícias g1 e destaca a sua trajetória de vida. Natural de Embu das Artes (SP), ele mudou para São Bernardo após vender a casa, para recomeçar a vida. Lá, ele abriu um comércio que foi sua fonte de sustento por mais de um ano, até falir.
Assim sendo, nas ruas, ele viveu em São Bernardo do Campo, São Paulo e, então, foi para Praia Grande, na Baixada Santista. Nascimento explica que imaginou conseguir emprego como caseiro ou vendedor de água na praia, já que não conseguia emprego formal nas outras cidades. Porém a pandemia o dificultou, pois p comercial fechou.

André ficou nas ruas vendendo balas de goma, até que, no dia 6 de julho de 2020, foi atropelado por uma moto e teve fraturas no fêmur das duas pernas, além do maxilar, que bateu contra o chão devido ao impacto. Ele ficou internado por 11 meses e 21 dias, até que recebeu alta com uma argola de contenção na perna esquerda. Mas a força de vontade de um trabalhador pode ser maior do que tudo.

Nascimento disse que hoje vive nos arredores da Avenida Presidente Costa e Silva, e que as pessoas da região ficam impressionadas com o esforço dele vendendo balas e, ele comenta que seu sonho é conseguir um emprego e ainda diz que, por viver nas ruas, não consegue correr atrás dos direitos que teria, porque, para isso, é necessário comprovante de residência. Além disso, agora ele tem gastos com medicações que não tinha antes do atropelamento.

Nascimento enfatiza que sabe ler e escrever, e que tem noções de matemática. Ele tem o Primeiro Grau incompleto, mas se considera um autodidata em muitas questões. Ele destaca que lê e escreve muito bem e que não precisa de ajuda para se locomover. E ele repete que, só quer uma oportunidade de trabalho.