CORPO DE HOMEM DESAPARECIDO NUMA CABEÇA D’ÁGUA NUM RIO EM CUBATÃO É ENCONTRADO

As buscas por pessoas desaparecidas pelo mesmo motivo, em outros municípios, continuam

Após um acidente fatal, o corpo de Florisvaldo Neto Xavier, que desapareceu no Rio Perequê, após ser levado por uma cabeça d’água em Cubatão (SP), foi encontrado no início da tarde desta terça-feira, 23 de fevereiro. Florisvaldo estava desaparecido desde domingo, dia 21, quando foi levado pela forte correnteza. Outras quatro vítimas do fenômeno natural permanecem desaparecidas em outras cidades da Baixada, no caso Praia Grande e Bertioga.

Na realização das buscas, dois bombeiros com o auxílio de um bote, encontraram o corpo de Florisvaldo, por volta de meio dia. Ele estava a 200 metros do local em que desapareceu, próximo à margem do rio. Os profissionais de resgate afirmaram que a maré estava baixa, o que tem facilitado as buscas nesta terça-feira. A família fez o reconhecimento do corpo no local. Jussara Xavier Raimundo, esposa de Florisvaldo, continua desaparecida. Ele foi arrastado pela correnteza e a mulher sumiu quando tentava salvá-lo. Os bombeiros continuam fazendo as buscas pela região.

Outras quatro pessoas despareceram na Baixada Santista após serem atingidas por cabeças d’água. Em Praia Grande, os bombeiros procuram por Marcos Henrique Nere Passos, de 23 anos, que desapareceu na Cachoeira do Melvi, no bairro Jardim Guaraiuva. Em Bertioga, um casal de turistas, desapareceu ao tentar atravessar a Cachoeira Véu da Noiva, localizada próxima à trilha do elefante, às margens da rodovia Mogi-Bertioga. O Corpo de Bombeiros informou, que há 12 viaturas nos três municípios e 28 bombeiros mobilizados no terceiro dia de buscas pelos desaparecidos.

Cubatão conta com 13 agentes e seis viaturas, Bertioga com nove bombeiros e três carros e Praia Grande seis agentes e três veículos. Há ainda um Helicóptero Águia, da Polícia Militar, em cada um dos três municípios, sobrevoando as áreas das buscas. Todos a trabalho nas buscas dos desaparecidos. Jussara e Florisvaldo, moradores de São Vicente, costumavam frequentar o Rio Perequê quase todos os finais de semana, como explicou à imprensa local, a sobrinha de Jussara, Daiane Aparecida Raimundo. Na ocasião, eles estavam acompanhados do filho de apenas 2 anos e da cunhada de Florisvaldo. Pelo o que foi contado por Daiane, o casal estava dentro do rio, no momento em que foram arrastados pela correnteza.

O casal costumava passear no Rio Perequê aos finais de semana

Conforme a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/SP), a cabeça d’água é o fenômeno de aumento rápido e repentino da água em cachoeiras, rios e lagos, devido às chuvas intensas nas cabeceiras ou em trechos mais altos do curso d’água, o que representa um grande perigo. As pessoas devem evitar frequentar esses lugares em períodos chuvosos. A presença de folhas, o aumento do volume do som de cascata e a mudança da cor da água são alguns dos indicativos do fenômeno. Ao notar a presença de qualquer um desses sinais, deve-se sair imediatamente do local.

Fonte: G1