FESTIVAL DA MATA ATLÂNTICA ENCANTA BERTIOGA COM CULTURA, NATUREZA E CONSCIÊNCIA
EVENTO REÚNE MORADORES E TURISTAS EM EXPERIÊNCIAS QUE UNEM SABERES, TRADIÇÕES E MUITO VERDE

O coração de Bertioga bateu mais forte neste fim de semana com a realização do 10º Festival da Mata Atlântica, que começou na sexta-feira (30) e terminou neste domingo (1º). O evento, realizado na Tenda de Eventos ao lado do Forte São João, reuniu moradores e visitantes em torno da cultura, da natureza e dos sabores da cidade.

Com o tema “Bem-estar e conexão com a natureza”, o festival foi promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e do Condema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), com apoio do Sesc e do Senac Bertioga. Mais do que um evento, o encontro proporcionou uma imersão nos ecossistemas e tradições que fazem de Bertioga um lugar único.

Logo na entrada, o ambiente era de celebração e respeito à natureza. Crianças corriam, pais observavam encantados e as barracas ofereciam artesanato, plantas, doces e muito aprendizado. A programação contou com yoga, trilhas, teatro, cinema, shows, oficinas, rodas de conversa, jogos educativos, distribuição de mudas e sementes, além de uma vivência com uma comunidade indígena de Peruíbe — tudo voltado ao bem-estar e à consciência ambiental.

A bióloga Camila Pozzi, agente de educação ambiental do Sesc Bertioga, destacou o encerramento da atividade “A Natureza em Mim”, que envolveu dança e sabedoria indígena:
“Essa comunidade indígena de Peruíbe veio especialmente para hoje. Estão ensinando danças típicas, falando sobre a medicina da floresta e distribuindo sementes. É uma forma linda de fechar o festival com chave de ouro, integrando o ser humano à natureza.
”Enquanto Camila falava, visitantes dançavam e aprendiam com os indígenas, em um momento de rara harmonia.

Entre os emocionados estava Reginei da Silva Rocha, moradora de Bertioga há 30 anos e vendedora de pipoca.
“É a primeira vez que venho e estou encantada. Minha bebê ficou vidrada num cervo empalhado, não queria sair de perto!”, contou, sorrindo.
Recém-chegados à cidade, o casal Roni e Tina, pais do pequeno Valentim, também aprovou a experiência:
“Viemos no primeiro dia e voltamos hoje. Gostamos muito. É bonito ver tudo isso tão perto da gente”, comentou Roni.

A feirinha de artesanato e gastronomia também se destacou. Entre os expositores, o ateliê Dri Cakes, do casal Adriana e Laércio, do bairro Vista Linda, chamou a atenção pelos doces caprichados.A artesã Bianca, que já participou de edições anteriores, dessa vez curtiu como visitante, comprando um cake para a filha Zoe:
“Moro aqui há 10 anos, já expus aqui antes. Hoje vim a passeio, prestigiando o pessoal. Isso aqui é uma riqueza!
”O estande do Centro de Educação Ambiental da Prefeitura (CEA) foi um dos mais movimentados. Os educadores Eduardo e Bruno conduziram atividades como o Tarot Ecológico, o jogo “Tira o lixo e põe um bicho” e a distribuição de mudas.
“Queremos mostrar a importância do cuidado com o meio ambiente de forma leve e educativa”, explicou Eduardo.

Até quem estava trabalhando se envolveu. As colaboradoras Suzana e Amanda, da empresa Monte Azul, acompanharam parte das apresentações indígenas e refletiram:
“A gente tem que pensar nos nossos filhos, nos netos… Esse planeta também é deles. É importante deixar um legado”, disse Suzana, emocionada.

Durante os três dias de festival, Bertioga respirou cultura, natureza e aprendizado. Com apoio de instituições como Greenpeace, Fundação Florestal, Senac e Sesc, a edição de 2025 reforçou que a cidade não apenas cuida do meio ambiente — ela o celebra com amor e respeito.
Quem participou saiu renovado. Quem perdeu, já pode marcar no calendário: em 2026 tem mais — e vale muito a pena!



