MULHER AGREDIDA PEDE SOCORRO EM DELEGACIA E POLICIAIS AGEM RÁPIDO: AGRESSOR É PRESO EM FLAGRANTE EM CAMPINAS

CASO REACENDE ALERTA SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA REGIÃO E DESTACA URGÊNCIA DE AÇÕES EFETIVAS PARA PROTEGER MULHERES

Marcas da violência que não podem ser ignoradas: mulher de 37 anos, brutalmente agredida pelo companheiro, buscou socorro no 11º DP de Campinas. A coragem dela e a ação rápida dos policiais resultaram na prisão em flagrante do agressor. Cada ferida exposta é um grito por justiça — e um alerta urgente: violência contra a mulher não pode ser silenciada.
Foto: Polícia Civil/Divulgação

Mais um episódio chocante de violência doméstica escancara a dura realidade enfrentada por milhares de mulheres em Campinas e na Região Metropolitana. Nesta semana, uma mulher de 37 anos, com o rosto machucado e suspeita de fratura no joelho, reuniu coragem para entrar no 11º Distrito Policial, no Jardim Ipaussurama, e pedir socorro. A resposta foi imediata: os policiais civis localizaram e prenderam o agressor em flagrante.

A vítima, moradora do bairro Satélite Íris, contou que vinha sendo agredida, ameaçada e humilhada havia três meses. Em um dos episódios mais violentos, o companheiro, de apenas 22 anos, chegou a colocar uma faca em seu pescoço. Ele alegava ser integrante de facção criminosa, o que aumentava o medo da mulher em denunciar.

Unidas pela vida das mulheres: Vereadoras da Comissão da Mulher da Câmara de Campinas, lideradas por Mariana Conti, intensificam a luta contra a violência de gênero. Em um momento crítico para a segurança feminina, elas votam projetos decisivos que podem transformar dor em resistência e medo em proteção real.
Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Campinas

Graças à atuação ágil e eficaz da equipe do 11º DP, comandada pelo delegado Sandro Jonasson, o agressor foi detido poucas horas após a denúncia. Ele responderá por lesão corporal, ameaça e perseguição. A prisão em flagrante já teve pedido de conversão para preventiva, e o suspeito será apresentado à Justiça em audiência de custódia.

Esse caso, no entanto, é apenas mais um entre tantos que se repetem diariamente. Em Campinas, a violência contra a mulher tem rostos, histórias e finais trágicos. Casos como o da adolescente baleada no rosto no Jardim Santa Lúcia e o assassinato brutal da jovem Vitória Regina de Sousa, em Cajamar, escancaram a urgência de medidas que vão além da punição: é preciso prevenir, proteger e acolher.

Nesse cenário, a Comissão da Mulher da Câmara Municipal de Campinas, presidida pela vereadora Mariana Conti (PSOL), tem se destacado por propor ações concretas. Na última reunião, realizada na terça-feira (25), foram aprovados pareceres importantes, como o que cria a Procuradoria Especial da Mulher e o que institui o Programa Municipal de Defesa Pessoal para Mulheres — projetos voltados à proteção, capacitação e fortalecimento das vítimas.

Flagrante da covardia: após meses de agressões, ameaças e humilhações, agressor de 22 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Campinas. A vítima, com marcas visíveis da violência, encontrou proteção ao buscar ajuda no 11º DP. Justiça começa a ser feita — agressor detido, mulher amparada. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Apesar de avanços como a ampliação da Lei Maria da Penha pelo STF — que agora também ampara casais homoafetivos, mulheres trans e travestis — ainda enfrentamos uma estrutura precária: delegacias despreparadas, falta de casas-abrigo, e pouca assistência jurídica e psicológica. A rede de apoio precisa ser fortalecida com urgência.

“A cada mulher que encontra coragem para denunciar, o Estado tem a obrigação de proteger. O que hoje é uma denúncia, amanhã pode ser uma tragédia”, alerta a jornalista Verônica Mingorance, diretora do Jornal Edição Extra, que há anos dá voz às vítimas de violência doméstica. “Denunciar não pode ser um salto no escuro. Tem que ser um passo seguro.”

Campinas precisa transformar indignação em ação. Porque viver sem medo não é luxo, é direito. E cada mulher salva é uma vitória de toda a sociedade.

#Campinas#ViolênciaDoméstica#LeiMariaDaPenha#ComissãoDaMulher#Basta#Justiça#MulheresEmLuta#EdiçãoExtra