SUCESSÃO MUNICIPAL: POR ENQUANTO SÓ DOIS NOMES DEFINIDOS E O GRUPO POLÍTICO DO PREFEITO AGUARDA INDICAÇÃO

CAIO MATHEUS DIZ QUE SÓ IRÁ ANUNCIAR OS SEUS INDICADOS A PREFEITO E A VICE EM MAIO. DO OUTRO LADO, MATHEUS RODRIGUES E PROFESSORA LUCÉLIA INTENSIFICAM CONVERSAS COM POTENCIAIS APOIADORES

Atualmente, a única certeza no quadro político de Bertioga é de que a cidade tem o vereador Matheus Rodrigues (PSD) como pré-candidato a prefeito. E a ala da esquerda vem com a Professora Lucélia Avelino (PT). Ela é a pré-candidata a prefeita da FE Brasil, federação partidária formada pelos partidos PT, PV e PCdoB.

No campo governista, o prefeito Caio Matheus (PSD) faz mistério quanto ao nome que vai indicar para sucedê-lo, diz que irá fazer o anúncio apenas em maio. No entanto, o chefe do Executivo garante ao seu grupo que o nome do escolhido vai sair do próprio escalão governista, assinalando que os indicados à sucessão municipal (prefeito e vice) serão escolhidos entre os integrantes do governo.

Os nomes mais cotados são Lucília Goulart (Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda) , Thalita Walperes (Segurança e Mobilidade Urbana), Luiz Carlos Rachid (Obras e Habitação) e Gustavo Melo (Governo e Gestão Institucional).

O vice-prefeito Marcelo Villares (União Brasil) pode constar entre os indicados. E só estaria impedido de concorrer caso venha a assumir por seis meses, antes das eleições, como prefeito interino. É o que diz a resolução nº 22.757 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral): O vice-prefeito que estiver exercendo segundo mandato consecutivo pode concorrer ao cargo de prefeito numa terceira eleição, sendo que, se ele (como vice) substituiu o titular nos seis meses anteriores à eleição, não poderá posteriormente se reeleger como prefeito.

MATHEUS X MATHEUS

O vereador e pré-candidato a prefeito Matheus Rodrigues, embora seja do mesmo partido do prefeito Caio Matheus, passou a ser identificado pelo chefe do Executivo como parlamentar de oposição, o que o edil correligionário rebate com veemência.

Independente de refutar visceralmente ser contra o governo, Matheus Rodrigues foi excluído do grupo governista, e escanteado à condição de rival. Ele diz que não é e que nunca foi oposição, justificando que durante todo o primeiro mandato do prefeito e até o momento sempre pertenceu à base.

Ocorre que o vereador vem votando contra algumas matérias que o Executivo tem apresentado ao Legislativo, situação que vem acirrando ainda mais os ânimos entre Caio Matheus e Matheus Rodrigues. O termômetro entre os dois políticos já estourou, devido a alta temperatura.

O “racha” teria ocorrido em razão de Matheus Rodrigues ter saído da bolha governista e decidido partir em carreira solo rumo às eleições municipais para a possível disputa da Prefeitura de Bertioga.

A “rebeldia” do parlamentar decorre do fato de ele vir liderando pesquisas de intenções de votos realizadas na cidade pela Badra Comunicação. Nos levantamentos, feitos no ano passado e início desse ano, o vereador aparece liderando a preferência do eleitorado bertioguense na disputa ao comando do Executivo local, seguido de perto pela secretária de Desenvolvimento Social Lucília Goulart. Os dois estariam tecnicamente empatados.

Matheus Rodrigues teria a preferência dos eleitores entrevistados pela Badra Comunicação, mas não do grupo político do prefeito e do próprio, que já o tem como adversário declarado. Arrebatado do time, isolado do staff governista, o vereador segue só.

JANELA PARTIDÁRIA

Adiel Pereira (PL) também é outro integrante do grupo político de Caio Matheus que já vem anunciando que pode concorrer ao cargo de prefeito. Ele já teria comunicado ao vereador Taciano Goulart, presidente do PL de Bertioga, sua pretensão à prefeitura e troca de legenda durante o período de “janela partidária”, que inicia no dia 7 de março e vai até 5 de abril, sendo essa data o prazo final de filiação para quem pretende concorrer às eleições do dia 6 de outubro.

Todavia, Adiel não vem sofrendo a pesada represália que tem sofrido o vereador rebelde Matheus Rodrigues, que também deverá aproveitar a janela partidária para deixar o PSD e se filiar ao Republicanos, partido presidido na cidade pelo seu pai, o ex-vereador Toninho Rodrigues.