SUSPEITAS DE IRREGULARIDADES CAEM COMO UMA BOMBA NO MORADA DA PRAIA

A ASSOCIAÇÃO QUE GERENCIA O LOTEAMENTO CUJO ORÇAMENTO ANUAL SERIA MAIS DE R$ 30 MILHÕES É ALVO DE DENÚNCIA GRAVE

Causou estrondosa repercussão a notícia veiculada no site do EXTRA dando conta de supostas irregularidades que estariam ocorrendo dentro do núcleo administrativo do Loteamento Morada da Praia.

Nas redes sociais (facebook e grupos de whatsapp) o assunto mais comentado, principalmente entre os moradores do loteamento, foi a denúncia que membros de uma mesma família, que têm cargos relevantes na associação comunitária, teriam formado um suposto “conluio familiar” para favorecimento pessoal.

O turbilhão de possíveis irregularidades encontrou o silêncio do presidente da Associação, Wilson Roberto Prizmic Momce, o Nei. O EXTRA tentou, sem sucesso, contato na sexta-feira (22) com ele e os outros envolvidos para que todos pudessem dar suas versões sobre os fatos.

O presidente que foi procurado pela reportagem pela sua posição de comando na entidade comunitária não se pronunciou ao EXTRA, mas correu nas redes sociais para tentar desacreditar o trabalho jornalístico.

Em um vídeo e se colocando na defensiva, Nei ainda fez a ofensiva contra um morador que parabenizou a reportagem do EXTRA, e lamentou o que estaria acontecendo dentro da diretoria do Morada da Praia.

Ainda, o departamento jurídico expressou a intenção de mover ação processual contra o morador que se levantou contra as supostas irregularidades praticadas no quadro de comando da administração. O EXTRA vai seguir acompanhando o caso.

Destaca-se que em 30 de dezembro acontecem eleições para a escolha da nova diretoria da Associação e diante dos fatos, a previsão é de que o clima no pleito no Morada da Praia vai ser tenso e quente. A direção da Associação do Morada da Praia tem mandato com duração de dois anos.

A DENÚNCIA

Duas irmãs que integram o Conselho Fiscal, e o filho de uma delas que foi “promovido” para o departamento de compras da associação teriam envolvimento na compra de equipamentos para serviços de zeladoria do Loteamento.

O EXTRA teve acesso a documentos financeiros que ilustram a suposta irregularidade. A empresa onde foi efetuada a compra de equipamentos para os serviços de manutenção do Morada da Praia pertenceria à conselheira fiscal Maria Cristina Ferreira Lima.

As compras eram endossadas por sua irmã, a também conselheira fiscal, Maebe Ferreira Lima Vecchi, e Alejandro Maelton, filho de Maebe, que trabalha no setor de compras e seria o responsável pela seleção de fornecedores.

O filho de Maebe teria “selecionado” a empresa da própria tia Maria Cristina, a MD Fibras e Calhas Ltda, para locar uma betoneira e adquirir calhas para o Morada da Praia.

A suspeita de irregularidades é avaliada com extrema gravidade porque ambas as irmãs estão na pirâmide de comando da Associação, e os seus cargos as obrigam a fazer forte fiscalização para evitar possíveis atos ou ações que possam vitimar o Morada da Praia, seus associados e moradores em geral do loteamento.

Mas, segundo documentos obtidos pelo EXTRA, as supostas ações lesivas estariam sendo cometidas pelas próprias conselheiras e o funcionário que é filho de uma delas.

O Estatuto tem regras claras quanto à proibição de membros da diretoria da associação de estabelecer negócios comerciais com o Loteamento Morada da Praia, bem como desaconselha o emprego de parentes na entidade comunitária. Sendo confirmada a denúncia o caso pede punição rigorosa.