MORADA DA PRAIA PODE VIRAR TERRENO DE MUITAS OBRAS TEORICAMENTE, IRREGULARES

O atual gestor, conhecido por Nei tem como diretor de Obras da Associação, um arquiteto construtor de világios, que por acaso tem uma proximidade muito forte com o alcaide municipal, Caio Matheus, que é proprietário de construtora

Há quem acredite que no Morada da Praia, logo poderão ser notadas edificações de porte maior do que as construídas até o momento, assim como já podem ser encontrados, alguns világios (local com várias casas ou sobrados geminada(o)s no mesmo terreno) sendo que teoricamente a lei que rege o loteamento não permite nem mesmo esses tipos de construções em menção. À época da gestão do saudoso ex-presidente do Morada, Aparecido Pavanelli, ele chegou a lembrar o Poder Executivo local, o qual estava querendo impor regras no condomínio, que a Lei Federal 6.766/1979 que “Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras providencias é a regente legal do condomínio, na ocasião.

Conforme ele, o local foi loteado na conformidade e nos termos desta referida lei e aprovado pelo decreto 6.184, de 29 de outubro de 1.982, e, processo 50.671/82, da prefeitura Municipal de Santos. O gestor local havia enfatizado ainda a cláusula sétima do contrato particular de compromisso de venda e compra, registrado no 1º Cartório de Registro de Imóveis de Santos, que determina as restrições e forma de uso do solo, onde diz: “No lote de terreno objeto do presente contrato não poderá ser construída mais de uma residência e respectivas dependências, sendo que a casa não poderá ter mais que dois pavimentos acima do nível da rua, incluindo-se o térreo, e não poderá ser utilizada e nem adaptada para fins comerciais, industriais, religiosos, hospitalares, estabelecimentos de ensino, teatros, cinemas, etc.”

Com isso ocorrendo, houve antagonismo entre as duas partes envolvidas (Pavanelli e prefeitura) sendo que o mandatário do loteamento conseguiu em partes, barrar construções supostamente irregulares, as quais estavam sendo construídas de maneira “legal”, em conformidade com as Leis municipais. Ocorre que em gestões anteriores a de Pavanelli, muito foi construído neste mencionado modelo de legislação: világios, pousadas e outras edificações em desacordo com as” leis que em tese, deveriam ser impostas pela associação do Morada, sempre.

Uma importante papelada sobre as citadas leis federais, segundo o referido saudoso ex-mandatário, foram perdidas há anos nos galpões da prefeitura quando Bertioga ainda pertencia a Santos, todavia os calhamaços documentais também conhecidos por (Memorial Descritivo) foram encontrados na prefeitura santista e Pavanelli teve desentendimentos com o prefeito Caio Matheus (PSDB) por impor as leis regentes do Morada da Praia, local que atualmente tem outro gestor, conhecido por Nei, que tem como diretor de Obras da associação, um arquiteto construtor de világios, que por acaso tem uma proximidade muito forte com o alcaide municipal que é proprietário de construtora. As perguntas que não querem se calar são: qual será a lei que vai reger as construções no Morada na gestão do biênio de 2022/2023? Será que no Morada haverão prédios com vários andares no futuro? A resposta só o tempo mostrará.

ENGARRAFAMENTO

Engarrafamento no Morada da Praia

Um bolsão de estacionamentos foi construído na gestão do ex-presidente do Morada Gerson Trentino para minimizar acúmulo de veículos em filas na entrada do loteamento, o que chegou a dar certo por um período, mas nesta atual temporada já está obsoleto e não cumpre mais a função. As filas estavam catastróficas e houve até buzinaço dos que estavam se sentindo presos no trânsito local. Em comentários nas redes sociais, numa postagem sobre o assunto, há quem acredita que o excesso de opções para locação na temporada, no condomínio, “em világios, pousadas e outras, contribui para o efeito formigueiro no trânsito local. Houve até um comentário enfatizando que o Morada virou condomínio de aluguel e que isso o torna menos atraente para nele comprar um imóvel na atualidade.