Ambientalistas são contra construções legalizadas que eles afirmam destruir o meio ambiente na Riviera
O Ministério Público em 2016 havia acionado a justiça para que as empresas, Sobloco e Praias Paulistas pagassem multa de R$ 317 milhões por descumprimento de ordem judicial, por darem continuidade às obras de ampliação da Riviera. Isso sob a pena de multa diária de R$500 mil
Um desmate que ocorre para que haja a expansão de prédios com apartamentos de luxo na Riviera de São Lourenço, está amparado pela lei na atualidade e isso desagrada ambientalistas, pois é um caso que existe há cerca de 30 anos e os referidos profissionais afirmam que tudo está desatualizado. O caso incomoda também parte dos moradores bertioguenses.
No mês de abril deste ano, o Tribunal Regional Federal confirmou a revogação da liminar que impedia o desmatar da vegetação no local onde supostamente logo será uma marina de embarcações. Ocorre que no mês de setembro deste mesmo ano, a área já estava desmatada, inclusive com uma obra em andamento, onde máquinas pesadas trabalham ‘a todo vapor’.
A Sobloco, empresa responsável pela construção da Riviera de São Lourenço afirma que existe legalidade na ação da construção, inclusive com estudos ambientais e reconhecimento da CETESB. Entretanto, desde 1990 este trabalho havia sido paralisado por força da justiça, por ferir o meio ambiente, mas os investidores reverteram a situação, porém o Ministério Público Federal – MPF se manifesta contra o caso com uma ação de dano ambiental que em breve poderá estar sob a apreciação da justiça que dará o veredito.
Para os ambientalistas, a situação necessita de ser urgentemente repensada. Isso porque nas regiões de praia, no nobre bairro, a vegetação litorânea que naturalmente impede a invasão da água do mar em dias de ressaca, pode ser totalmente devastada. Isso além de as áreas construídas poderem invadir esse espaço de praia encurtando a faixa de areia sentido mar. A empresa Sobloco afirma que tudo foi estudado com muito profissionalismo e nada do que os preocupados com a situação pensam sobre os prejuízos ao meio ambiente, vai acontecer.
O Ministério Público em 2016 havia acionado a justiça para que as empresas, Sobloco e Praias Paulistas pagassem multa de R$ 317 milhões por descumprimento de ordem judicial, por darem continuidade às obras de ampliação da Riviera. Isso sob a pena de multa diária de R$500 mil.
O secretário de meio ambiente Fábio Fernandes em 2017 chegou a autuar e embargar a obra e ainda fez um boletim de ocorrência sobre o caso. Na ocasião, o secretário e a procuradora geral do município, por concordar com ele, foram exonerados dos seus respectivos cargos.O condomínio Costa do Sol em Guaratuba, assim como a Riviera, também está com areas embargadas pelo MPF, mas por outros motivos.