PRESIDENTE DO MORADA DA PRAIA EXPLICA A IMPORTÂNCIA DA “ETE” QUE SERÁ APRESENTADA EM ASSEMBLEIA DIA 26
Segundo o presidente Gerson Trentino, a Estação de Tratamento de Esgoto terá que ser construída de qualquer maneira, pois há um documento acordado com o MP que prevê multa diária de R$6 mil, caso o compromisso não seja cumprido
As assembléias ordinária e extraordinária que seriam realizadas pela associação do Morada da Praia, na data de 29 de maio, foram adiadas para o dia 26 de junho devido ao agravamento da pandemia do covid-19. Algumas pautas serão discutidas nesta reunião, porém a que mais vem sendo falada por alguns associados é a da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que está por ser construída.
Os questionamentos relacionados à ETE normalmente acontecem em grupos de WhatsApp ligados ao Morada. No caso, alguns moradores locais, são contra a construção da referida estação, pois, temem ter que pagar a taxa de esgoto, o que pode causar um valor mais elevado na mensalidade do condomínio. Outra situação mencionada nos grupos, é uma suposta procuração passada de um associado que poderá não comparecer às assembleias, para outro que iria representá-lo nessas reuniões, inclusive, com o poder de voto em nome do colega, alusivo às propostas apresentadas nas pautas.
Conforme o presidente do Morada da Praia, Gerson Trentino, não há nenhuma procuração até o momento relacionada a um associado representar outro nas assembleias. “Isso inclusive não tem cabimento porque as pautas e suas explicações serão apresentadas no dia da assembleia. Então, como alguém vai votar no lugar de outra pessoa sem que ela saiba das condições das propostas? Isso para mim, apenas está no campo da especulação. Nenhuma procuração chegou até nós propondo tal absurdo”, destaca Trentino.
Outros questionamentos de alguns associados, ficam por conta de uma possível venda de lotes, cujo o dinheiro da transação, seria usado para investir na ETE. Trentino explica. “Em primeiro lugar, não são lotes, e sim, um lote que pertence à associação que poderá ser vendido para este investimento, sim. Inicialmente, ele será oferecido aos associados que residem nas proximidades dele. Caso não haja negócio, será oferecido a outros associados, e por último será oferecido para alguém de fora, que não é associado”, ressalta.
O presidente do loteamento Gerson Trentino
O gestor local ainda realça que a ETE terá que ser construída de qualquer maneira, pois foi firmado na gestão passada, um (TAC) que é um documento acordado com o Ministério Público (MP). No caso, existe um prazo estipulado para que a estação seja construída, que será apresentado na assembleia. “Estou aqui falando de execução deste projeto que tem que sair do papel o mais rápido possível, porque no documento está escrito que se a ETE não virar realidade dentro de determinado prazo, a associação terá que pagar multa diária de R$6 mil. Não temos outra alternativa, ou a gente constrói a estação, ou a gente constrói. Esse documento foi feito na gestão anterior, visando que a Sabesp não tinha interesse em prestar seus serviços aqui no loteamento e, a associação também não tinha e não tem este interesse”, esclarece o presidente.
De acordo com Trentino, quem reclama que vai pagar uma mensalidade mais cara por conta da futura ETE, pode estar certo por um lado, mas errado por outro. E ele diz. “Logicamente, o valor mensal a ser pago à associação subirá um pouquinho, mas não sei se pararam para pensar que as fossas das residências aqui no loteamento, necessitam de ser limpas no mínimo, três ou quatro vezes por ano, pois do contrário, quem não faz essa limpeza, está irregular, pois, se não for feita, os dejetos vão para as ruas ou para o lençol freático, e o morador que permitir essa situação, tem que ser denunciado à associação que tomará as devidas providências. Só que cada limpeza custa R$900,00. Então, se o associado que está reclamando de uma mensalidade mais cara, for fazer as contas, ele vai ver que a construção da ETE vai ser muito útil até para o bolso dele”, enfatiza.
Sobre os associados que defendem que a Sabesp deveria realizar o tratamento de água e esgoto no condomínio, o presidente rebate. “Se a Sabesp fosse realizar o tratamento de esgoto por aqui, posso dizer que a mensalidade ficaria mais cara para o associado, do que a implantação de uma ETE própria. Isso porque além de a gente ter que pagar pela taxa do tratamento do esgoto, a associação teria que pagar por todos os danos que a Sabesp faria nas ruas. Visto que, fariam diversos buracos em todas as vias e não realizariam os consertos que ficariam por conta do Morada. O associado pagaria um valor dobrado neste caso. Por isso é importante o associado vir à assembléia, para ele saber por conta dele mesmo, sobre essas coisas “, menciona.
A “ETE”
Conforme o presidente, o projeto microbiológico da ETE a ser executado, já está aprovado pela própria Sabesp e pela Cetesb e, já é usado em Brasília. É um modelo de tratamento de esgoto que inclusive rendeu uma viagem à cidade de São José dos Campos, onde reside o autor deste belo trabalho. Lá eles conversaram sobre o assunto e o idealizador da empreitada inovadora informou como é realizado o funcionamento.
No caso, ele explicou que trata-se de uma Estação Compacta e Modular de Tratamento de Efluentes, onde é usado filtro de carvão ativado para remoção de odores, além de matéria orgânica, óleos, graxas, solventes alifáticos, apolares e coloração. Tudo isso resulta em um baixo aproveitamento energético que é utilizado através do lodo do esgoto por biodigestação anaeróbica. O funcionamento é automático e a operação é remota. A eficiência tecnológica é elevada com baixo custo operacional.