A INSEGURANÇA PÚBLICA E AS AÇÕES INERTES QUE ENXUGAM GELO
Na imagem acima, o motociclista por pouco não conseguiu escapar dos assaltantes em frente à faculdade FABE
Bertioga está a cara das piores cidades da Baixada Bantista quando o assunto é segurança pública. Mas, se for perguntar para as autoridades deste ramo, ainda vão dizer que este município é tranquilo. Todavia, é chegar no portão de casa, olhar para os dois lados da rua e enxergar mais do que se pode ver, porque dificilmente não serão avistados no mínimo, um nóia, homens de rua, ou certos jovens, alguns, muitas vezes, menores de idade, que usam boné, bermuda e, principalmente casaco de moletom, mesmo num calor de 40 graus, onde escondem as armas utilizadas nos assaltos às pessoas.
E neste agasalho geralmente tem capuz, que é para esconder o rosto. A máscara contra o covid-19, também serve para ocultar a face do indivíduo. É notável também, que as roupas deste tipo de ser, na maioria das vezes, são largas, salientando as canelas finas, pois são de manequins maiores do que o corpo, porque a origem delas, são os varais e casas alheias, as lojas de produtos gratuitos preferidas destes meliantes juvenis. É válido lembrar, “ser feio” estereotipar certos assaltantes, quando pessoas pobres podem se vestir assim por não terem outras roupas, no entanto, a maioria deles tem este perfil.
É deprimente quando do portão de casa se vê tudo isso em abundância numa cidade, quando no lugar disso, poderiam ser estudantes e trabalhadores, indo ou voltando da escola e do trabalho, e mesmo pais e mães passeando com os filhos, casais de namorados, gente feliz por todos os lados, casos que logicamente até existem, entretanto estão ficando mais isolados. Isto é sinal de que a cidade não está dando certo, porque a desordem está no poder. Significa que está faltando trabalho, unidades educacionais, de amparo social e de lazer. Na verdade, falta qualidade de vida que dizem que existe em Bertioga, só porque ela tem praia. E basta ir até o portão de casa para conferir tudo isso, todos os dias. Basta enxergar com o cérebro o que o auxílio dos olhos pode alcançar.
Num dia desses, num portal de notícias da imprensa local, foi publicado que roubaram um portão de cinco metros numa casa em Praia Grande, cidade situada na Baixada Santista, assim como Bertioga, local onde isso também ocorre corriqueiramente. Ou alguém pensa que aqui é mais tranquilo do que Praia Grande? Pode ter sido, mas não é mais. Faz uns dois anos, na avenida Ayrton Senna da Silva, no Centro de Bertioga, donos de uma casa, ao acordarem de manhã cedo para irem à padaria comprar pão, tiveram a surpresa de que o portão de ferro de sua residência, também de cinco metros, havia sido roubado.
É válido lembrar que a estrutura pesava mais de 100 kg. Imagine se pesasse só 50 kg. Precisaria de apenas um nóia forte ou dois para carregá-lo, ao invés de quatro ou mais. O impressionante nisso tudo, é que nestes momentos, nunca aparecem viaturas da polícia ou da guarda civil para a realização de uma bela abordagem.
Assim sendo, acontecem assaltos na praia, pelas ruas da cidade, na frente da faculdade e até na entrada do prédio do prefeito, sendo que com tudo isso ocorrendo, é certeza absoluta de que vai aparecer no mínimo uma autoridade da segurança pública, dizendo que Bertioga é uma cidade tranquila. Ah, isso vai sim, é praxe inclusive! O difícil de entender é, o que mais falta acontecer para que as autoridades inertes se movam para buscar melhorias pelo município?
Aqui se fala, tanto benfeitorias para a segurança preventiva, quanto no desenvolvimento social bem aplicado, para diminuirem as desigualdades, com o intuito de minimizar o número de nóias e homens de rua, gerando empregos de verdade, para ninguém mais pensar em ser ladrão e ficar assaltando os outros por aí.
O prefeito Caio Matheus, numa matéria publicada pelo portal G1, reclamou que o trabalho do IBGE é defasado em Bertioga, situação que causa verba reduzida para o município, em todos os sentidos, porque o estado trabalha como se a cidade tivesse uma habitação menor. Assim sendo, menos habitantes, igual a menos recursos financeiros para o município. E isso reflete também no número de vacinas contra o covid-19 que também está defasado nesta referida pobre urbe. Mas, ele não explicou o que faz ou deixou de fazer para mudar esta realidade, e nem abriu concurso público para contratar guardas municipais como prometeu em 2016, o que ajudaria na segurança local com mais GCMs nas ruas.
Bertioga sempre esteve mal de governantes e continuará nesta desordem, sabe-se lá até quando. Toda péssima administração reflete um péssimo resultado. A velha Buriquioca foi transformada num lugar onde, se houver um político prometendo pedras de crack em troca de votos, é capaz de ele faturar a eleição.