PANCADÕES E AGLOMERAÇÃO A MIL POR HORA EM BERTIOGA

Falta material humano no trabalho fiscalizatório da prefeitura. Em 2016, em campanha política, o prefeito havia prometido realizar concurso público para aumentar o efetivo da GCM, mas ele não cumpriu

Os pancadões ainda infernizam a vida dos moradores bertioguenses em diversos bairros da cidade. As reclamações já partiram do bairro, Indaiá, Chácaras, da Orla da Praia da Enseada, Mangue Seco, Jardim Rafael e principalmente do Jardim Vicente de Carvalho II, mais conhecido por Saoc. Entretanto o município aderiu, no dia 25 de janeiro, às recomendações dos órgãos de saúde e do Estado, decretando a Fase Vermelha aos finais de semana e de segunda à sexta a partir das 20 horas até às 6 horas da manhã. No caso, apenas os serviços essenciais como farmácias e supermercados são autorizados a funcionar.

Entretanto, além do funk em último volume alto, problematizar a vida de quem quer dormir, mas não consegue devido ao barulho, as aglomerações acontecem, veementemente aumentando o risco de as pessoas se contaminarem pelo Coronavírus. Quem frequenta este tipo de evento, no mínimo aparenta não estar se importando com o crescimento da pandemia que vem matando bem mais de 1.000 pessoas quase em todos os dias.

Com relação ao barulho que maltrata o sono alheio, isso vem sendo reclamado há muito tempo, bem antes de se ouvir falar em Covid-19. Em algumas vezes, foi notado um serviço de força-tarefa, quando a prefeitura resolveu intervir. No caso, a Guarda Civil Ambiental (GCM) e fiscais da prefeitura com apoio da Polícia Militar já conseguiram minimizar a baderna em algumas oportunidades. Contudo, isso nem sempre funciona bem assim.

As pessoas entram em contato com os setores responsáveis da prefeitura para serem amparados devido à desagradável barulheira e para denunciar a aglomeração, mas na maioria das vezes não são atendidos. Entretanto, os donos de bares e restaurante afirmam que a fiscalização funciona maravilhosamente bem para fazê-los cumprir a ordem de fechar os estabelecimentos na hora certa. O certo é que a prefeitura de Bertioga não tem material humano suficiente para dar conta de fiscalizar uma cidade com quase 40 km de praia.

O prefeito Caio Matheus, em 2016, na campanha que posteriormente o elegeu, prometeu abrir concurso para a (GCM), para aumentar o efetivo. Todavia, o prometido não foi cumprido e o município padece na falta de segurança, num tempo em que a criminalidade avança, aos poucos igualando Bertioga aos municípios mais violentos da Baixada Santista.