O POPULAR MIRANDA MORRE AOS 62 ANOS DE IDADE

Bertioga Litoral de SP

Morre no dia 6 de janeiro, aos 62 anos de idade, Ideval Gorgônio Primo, o popular Miranda, que ficou muito conhecido na política local por ter sido o braço direito do ex-prefeito Mauro Orlandini, ocupando cargos em várias secretarias municipais, bem como a chefia do gabinete do referido alcaide. Miranda chegou a ser candidato a prefeito em duas oportunidades e recentemente a vereador, nas últimas eleições municipais de 2020, pelo (PSL). Ele deixa dois filhos, também, bem conhecidos no município: Rodrigo e Bruno.

Miranda sofria com vários problemas de saúde, que chegaram a levá-lo a várias internações. Ele chegou a contrair e vencer o covid-19 no ano passado. Entretanto, até o momento, a causa da sua morte não foi divulgada.

A vida de Miranda

Vindo de Lençóis Paulista, rumando para Bertioga, vinha lá um cidadão, chamado Ideval Gorgônio Primo, filho mais velho de uma família de mais três irmãs e um irmão. Ele chegou a trabalhar em uma lanchonete, depois trabalhou em um jornal chamado Eco na função de linotipista, que seria o diagramador da época, bem antes da era da informática.

Aos 18 anos iniciou sua carreira como pedreiro, trabalhando com o pai, e mostrando competência na profissão, logo tornou-se mestre de obras. Em 1978, ele foi à Bertioga construir uma casa, apaixonou-se pela cidade e nela permaneceu. Na qualidade de mestre de obras bem sucedido, logo, Ideval conheceu o arquiteto Mauro Orlandini, que se tornou um grande amigo dele.

Juntos levantaram muitas obras na cidade e participaram do movimento emancipacionista que tornou Bertioga um município. Logo aconteceram as primeiras eleições municipais em que Orlandini foi eleito, sendo assim o primeiro prefeito. Conhecendo a competência de Miranda como mestre de obras, o chamou para trabalhar com ele chefiando o seu gabinete. Miranda disse a ele. “fico muito agradecido por essa oportunidade mesmo sem eu ter nenhuma experiência com isso”. E Orlandini respondeu. “Eu também nunca fui prefeito, vamos aprender juntos”. Assim sendo, eles iniciaram um trabalho do zero, porque a prefeitura de Santos havia levado todos os equipamentos. Não tinha nem veículos para serem usados como ambulância. Mas, aos poucos o município foi sendo estruturado.

Miranda trabalhou politicamente sendo o homem de confiança de Orlandini nos três mandatos dele, sendo chefe de gabinete, chegando a ocupar interinamente várias secretarias e se tornando o principal articulador político dessas referidas gestões. Completando a história, como já mencionado, Miranda chegou a se candidatar a prefeito por duas vezes, não alcançando o principal objetivo, entretanto foi muito bem votado e no final de sua carreira política, interrompida pela morte, foi candidato a vereador nas últimas eleições municipais.