CONFIRA COMO ALGUMAS ESCOLAS PARTICULARES DE BERTIOGA ENFRENTAM A PANDEMIA

A pandemia do Coronavírus está afetando muitos setores de serviços em Bertioga e por todo o planeta. Como já se sabe, no município, proprietários de bares e restaurantes estão se movimentando para que estes estabelecimentos possam permanecer abertos, pelo menos até um pouco mais tarde, pois terão que trabalhar com um número reduzido de clientes, atendendo todos os protocolos de proteção contra a doença. Mas, e as escolas particulares, seja do ensino regular, de idiomas ou profissionalizantes, como estão lidando com estes tempos de Covid-19?

Nilton Santos, proprietário da Easycomp Bertioga, escola de ensino profissionalizante, destaca que seu estabelecimento ficou fechado e só foi reaberto na “fase amarela”, o que evidentemente o causou prejuízos. “Nossa turma já é reduzida em alguns cursos. Em outros tivemos que dividir as turmas. Na área da informática há cursos o que são realizados à distância, mas boa parte dos alunos não tem recursos tecnológicos para acompanharem os estudos: celulares, tablets, notebooks e, isso complica as aulas à distância”, conta.

Segundo Nilton, no retorno de seu trabalho, a prefeitura só o liberou por conta de considerá-lo essencial. “Oferecemos cursos de piscineiro, eletricista, de reparos em ar condicionado. São cursos em que as pessoas já estão se encaminhando para o mercado de trabalho, o que acaba sendo essencial para muita gente nesses tempos difíceis que estamos enfrentando. As pessoas fazem o curso e muitas delas já estão trabalhando. Fico feliz por podermos estar ajudando a sociedade com o nosso trabalho”, explica o empresário, ainda dizendo que, em contrapartida, muitas pessoas estão deixando de frequentar outros tipos de cursos.

“Somos também, polo da faculdade Anhembi Morumbi EAD. Nesse caso, muitos alunos trancaram o curso, mesmo sendo à distância, porque perderam o emprego nessa época de pandemia e não conseguiram mais pagar a mensalidade. Falando da gente, estamos sobrevivendo e posso garantir que a Easycomp vai trabalhar muito neste sentido, e também na expansão de novos cursos “, destaca.

O diretor e proprietário da Escola COC Bertioga, Leonardo Moreira enfatiza que a educação infantil, dos menores de quatro anos de idade, foi prejudicada, porque são aulas em que os pequenos tem que ser assistidos presencialmente. Entretanto, ele afirma que os alunos dos ensinos, Fundamental I, II e Médio, puderam estudar normalmente, praticamente. “Trabalhamos em lives nas redes sociais, fazemos as chamadas e os professores puderam lecionar tranquilamente, com a diferença de as aulas serem onlines. O aproveitamento dos alunos, podemos considerar como bom. O momento agora é de seguir o fluxo, pois as vacinas logo serão liberadas e estamos torcendo para que tudo logo volte ao normal, o mais rápido possível, inclusive as aulas presenciais”, ressalta.

O Colégio Objetivo de Bertioga tem duas unidades, uma em cada extremo da cidade. A diretora da unidade do Centro, Aurizelia Soares de Souza, comenta que estes tempos de pandemia não são nada fáceis para as escolas particulares do ensino regular. “Fizemos reuniões e conseguimos conduzir o nosso trabalho, apesar das dificuldades que enfrentamos no ensino infantil, que necessita de um acompanhamento de um auxiliar, e alguns pais não estão preparados para uma situação como essa, pois é difícil manter uma criança na frente de um computador em aulas onlines. Mas, ficamos muito felizes porque descobrimos que existem pais de estudantes, que são parceiros, que buscaram informações para lhe dar com essa situação e abraçaram a causa. Isso ajudou muito a gente. Já nas aulas dos Ensinos Fundamental e Médio, tudo correu muito bem.

Os professores logo se adaptaram e os alunos também. Fizemos esse trabalho em lives nas redes sociais”, diz. A referida diretora tem uma perspectiva positiva sobre o retorno às aulas no ano que vem. De acordo com ela, a proposta é de que 30% dos alunos, estudem presencialmente, enquanto os outros 70% estudem em casa, online. “Podemos começar dessa forma, fazendo um revezamento. Enquanto alguns alunos estão em sala de aula, outros estão em casa, porém no decorrer da semana, os que estavam na escola, estudam online e os que estava online, vão para a sala de aula. Mas o importante de tudo é que existe um ponto positivo em tudo isso, porque aprendemos, evoluímos e crescemos diante de uma dificuldade”, realça Aurizélia.

Representando o Colégio Objetivo situado em Boracéia, no extremo Norte bertioguense, a diretora Lúcia Rocha enfatiza que a pandemia causa sim, um impacto negativo nas escolas particulares, pois perdem alunos devido à situação econômica dos pais deles, quando alguns perdem o emprego, fora os que argumentam que pagam por um serviço presencial. Contudo, no geral a diretora afirma que está sendo possível cumprir com um funcionamento, quase que normal da escola. “Estamos lecionando através de lives, o que está dando muito certo, e estamos conseguindo cumprir com os calendários nos horários da manhã, da tarde e da noite. Este ano está sendo encerrado com algumas perdas, mas a vacina contra o Coronavírus a partir do início do ano que vem, vai ajudar no mínimo a amenizar essa situação, não só nas escolas como em todos os ramos de serviços. Temos que pensar positivo e seguir as orientações do governo para iniciarmos o nosso trabalho da melhor maneira possível no ano que vem”, conclui Lúcia.